Chapter 40: Capítulo 39
Chapter 40: Capítulo 39
Diego.
Quando Manuela falou aquilo a olhei na mesma hora com os olhos arregalados, não acreditava no que
tinha ouvido e não acreditava que ela se referiu ao bebê como "Meu filho".
Depois disso Gabriel ainda tentou falar algumas outras coisas mas os meninos o colocaram no carro e
deram partida. Logo os fofoqueiros de plantão voltaram para seus lugares e ficou apenas eu e
Manuela.
— Eu não s...
— Diego, eu só quero entrar, tá bem? — assenti. Ccontent © exclusive by Nô/vel(D)ra/ma.Org.
Subimos para meu apartamento em silêncio, não sabia o que falar com ela naquele momento, na
realidade, não sabia nem por onde começar e se deveria falar algo. Assim que que chegamos
Manuela foi direto para o quarto e após entrar trancou a porta.
Não forcei a barra, fui para o meu quarto e tomei uma ducha demorada, fiquei pensando sobre o que
tinha acontecido. Gabriel era uma pessoa muito difícil, falava merda com muita facilidade e hoje talvez
ele tenha acabado de mostrar seu pior lado.
Na minha cabeça só passava Manuela falando do bebê, o chamando de meu filho e eu ainda não
conseguia acreditar nisso. Será que ela realmente tinha aceitado o bebê e todo aquele lance do aborto
tinha sido descartado?
Era um assunto que eu queria entrar com ela logo.
Sai do banho com uma toalha enrolada na cintura e fui caçar uma roupa no armário. Vesti uma blusa
qualquer, minha samba canção de lei e sequei meus cabelos com a toalha. Me deitei no sofá, liguei a
televisão a colocando em um canal qualquer e fiquei mexendo no celular.
Tinha milhares de mensagens pra responder, só respondi algumas delas ignorando total o resto,
principalmente meu pai que estava tentando entrar em contato comigo havia dias.
Lá para as onze desliguei tudo e fui deitar, tinha uma vídeo conferência cedo pela manhã. Demorei um
pouco pra cair no sono, fiquei rolando de um lado pro outro na cama até o sono vir e finalmente depois
de um tempo apaguei.
...
Acordei às sete e treze da manhã, me levantei e fui ao banheiro realizar minhas necessidades. Sai do
banho vestindo minha roupa e escovando os dentes logo em seguida. Ajeitei a cama e antes de sair
do quarto peguei meu notebook e meu celular que estava no carregador.
Não tinha ninguém no quarto onde Manuela estava, provavelmente a mesma tinha ido para o colégio.
Coloquei meu notebook em cima do balcão e o liguei, daqui a pouco teria uma reunião com alguns da
empresa. Enquanto o mesmo iniciava preparei um café pra mim e quando pronto, o tomei.
— Bom dia — disseram em uníssono e eu dei um meio sorriso.
A Reunião tinha sido tranquila em relação as outras, conseguimos entrar em um consenso rápido e dei
graças a Deus por isso.
Ficar enrolando era com o pessoal da empresa mesmo e isso me estressava.
Quando deu umas dez horas a reunião acabou, fechei o notebook e o coloquei para carregar no meu
quarto. Hoje era dia da moça que limpava o apartamento vir, antes da mesma chegar preparei o
almoço e decidi ir correr um pouco.
Como ela tinha a chave do apê ficava tranquilo em relação a hora pra voltar.
Correr funcionava demais quando eu estava pensativo, pelo menos eu dava uma espairecida.
Lya.
Fazia um tempo que eu estava achando a Manu estranha, todo mundo me chamava de louca quando
comentava sobre a mesma mas no fundo eu sabia que havia algo acontecendo com ela.
— Ô maluca, está olhando pra onde? — Pedro a cutucou Manu que estava pensativa e riu.
— Que? — o olhou e riu sem graça — Pra lugar nenhum.
— Ela é doida assim mesmo — Gusta a zoou e rimos.
Eu conhecia Manuela a bastante tempo e mesmo não querendo acreditar, sabia que ela estava me
escondendo algo. Não sabia se era algo com Gael ou algo do tipo mas tinha caroço nesse angu.
O intervalo passou bem rápido, o sinal bateu e nós voltamos para nossas respectivas salas
conversando e rindo. A aula agora seria de português, rezava para que ela passasse bem rapidinho.
— Está tudo bem, amiga? — perguntei para Manuela que tinha acabado de sentar na carteira ao lado.
— Sim, piranha — rolou os olhos — Vou ter que falar isso quantas vezes?
Fiquei uns segundos a olhando com os olhos semi-cerrados.
— Você não me engana — balancei o dedo indicador e a mesma me deu o dedo médio.
Natália chegou e se sentou atrás de mim dando início a outro assunto e nós acabamos nos
entretendo. A aula de português passou rápido e a de história também.
O último sinal bateu e nós fomos liberados, Pedro e Manu foram embora logo enquanto o resto ficou
na escola jogando conversa fora como o de sempre.
— Pedrinho te largou hoje, Lya — Gusta falou rindo e eu bufei.
Depois da festa da Mariah eu e Pedro tínhamos virado alvo de piada, mesmo eu falando que era nós
éramos apenas amigos eles insistiam dizendo que não e toda essa palhaçada.
Tinha sido só um beijo e nada mais que isso.
— Vai de foder, Gusta — ele riu.
Fiquei um tempo no colégio e quando deu uma e dez decidi ir embora junto com Natália, nós
morávamos próximas uma da outra.
— Você não acha que tem algo de errado com a Manu? — a olhei.
— De novo esse assunto, Lya? — bufou — Já falei amiga, não tem nada de errado com ela.
— Ela não fica mais com a gente na escola, mal responde a gente no grupo e no privado — comentei
— ela está estranha, Naty.
— Lya, a Manu não esconde nada da gente, isso é coisa da sua cabeça — rolou os olhos — Se
tivesse algo de errado ela nos contaria.
Não falei mais nada, talvez Natália estivesse certa, Manuela não estava escondendo nada da gente e
isso poderia ser coisa da minha cabeça.