Destino Cruzado Não Soltar!

Capítulo 78



Capítulo 78

Enquanto ele ficava em silêncio, Ângela Alves murmurou baixinho: “Homens têm mais sorte, não dói na primeira vez“.

Felipe ficou sem palavras. Ele não sentia dor, mas ela o deixava furioso, e ele não podia descontar essa raiva, o que o deixava ainda mais desconfortável.

“Se você ousar fazer algo indevido no futuro, vou fazer você sentir uma dor de verdade!”

Ele decidiu que, na próxima vez que ela o irritasse, não hesitaria em colocá–la em seu lugar, cortando todas as suas esperanças de uma vez por todas.

Ângela Alves entendeu o recado e seus olhos se arregalaram de medo, verdadeiros e cheios de pavor..

Ele levantou–se, amarrou a toalha ao redor da cintura e caminhou em direção ao banheiro.

Precisava de um banho frio para esfriar a cabeça.

Ângela Alves fugiu apressada para o quarto, pulou na cama e se enrolou no cobertor até o

pescoço.

Foi por pouco. Quase que ele a desarmava.

Agora ela tinha certeza: ele não tinha problema algum.

Dizer que não podia tocar em mulheres, provavelmente era uma mentira que ele contou para Tina, só não queria tocá–la.

Era a palavra da boca de um grande mentiroso!

Antes de dormir, ela conferiu várias vezes se a porta estava trancada, para prevenir contra o vizinho que poderia, em um impulso animal noturno, vir devorá–la.

Naquela noite, Felipe não dormiu bem, afinal, estava com o corpo em chamas.

Já Ângela Alves adormeceu rapidamente e só acordou com o raiar do dia.

De manhã, ela colocou uma música relaxante e fez yoga para gestantes na espaçosa

varanda.

Mesmo grávida, era importante manter a forma, evitando ganhar peso excessivo e não deixar a gravidez tão evidente/para que mesmo nos últimos meses pudesse passar despercebida.

Quando acabou o yoga e se virou, viu Felipe encostado na moldura da porta, segurando uma xícara de café, observando–a com interesse.

“Sr. Martins, bom dia.”

Felipe esboçou um meio sorriso: “Vejo que você se preocupa em manter a forma. Não é à toa que não engordou nada.”

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13.08

Capitulo 78

Angela Alves mostrou a lingua: “Estou fazendo isso também pelo trabalho. Não posso deixar que a gravidez me force a tirar uma licença antes da hora.”

Felipe sorriu levemente e passou a mão na cabeça dela: “Você realmente é uma funcionária exemplar.”

Aquilo era um elogio?

Por alguma razão, parecia irônico.

Ela fez uma careta: “Lutar pelo trabalho me faz feliz“.

Ela era uma mulher de carreira e tinha planos de um dia ter sua própria marca e brilhar no mundo da joalheria.

Os olhos escuros de Felipe brilhavam misteriosamente sob o sol.

“E se você perder?”

Ela deu de ombros, desviando o olhar para o horizonte distante, uma determinação aparecendo em seu rosto.

“Se eu perder, simplesmente vou pedir demissão. Se não me quiserem aqui, encontrarei um lugar onde possa me estabelecer. Eu não vou me prender a um único lugar.”

Ela falava com leveza, quase brincando, mas estava falando sério.

Helena era apenas outra Kelly; estar sob seu comando significava não ter chance de

avançar.

Ela, claro, procuraria outras oportunidades.

A expressão de Felipe escureceu, como se uma sombra o envolvesse, e um frio começou a se acumular.

“Você está me ameaçando?”

Ângela Alves negou com a cabeça e sorriu: “Perder significa que preciso melhorar. Planejar novamente minha carreira não é errado, certo?”

Ela sabia que, no fundo, Felipe via Helena como a diretora ideal e provavelmente já planejava trazê–la para o cargo ao rebaixar Kelly.

Mas ela não queria desistir. Queria lutar, não só por si mesma, mas também pelos quatro

colegas que a acompanhavam.

Todo mundo merece uma chance de virar o jogo!

Felipe permaneceu em silêncio.

Ele sempre teve tudo sob controle, como quem comanda nuvens e chuvas, sem se importar com a possibilidade de ser substituído na sucessão, pois já havia secretamente estabelecido seu próprio império e poder.

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