Capítulo 49
Capítulo 49
Capítulo 48
Os dois estavam no carro, trocando palavras em voz alta. Mais à frente, Noe parou bem em frente à Mansão Serpa. Aquela mulher jamais tinha sido cortejada por um sujeito de seu porte. e estava tão emocionada que sua voz falhava ao dizer: “Sr. Serpa… o senhor… o senhor realmente…”
“Como se chama?” – Noe Serpa franziu a testa.
“Clara!”
Clara fez questão de se apresentar: “Jamais sonhei que um dia o Sr. Serpa fosse precisar de mim!”
“Clara, daqui para frente, fique quieta. O que você presenciar, não comente. Se algo escapar, vou fazer com que seu fim seja bem trágico.”
Clara silenciou na hora com o tom dele, mas por dentro estava borbulhando de emoção.
Meu Deus, esse homem era o Noe Serpa! O cavalheiro que todas as mulheres de Cidade Nova
sonhavam ter em suas camas!
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Noe adentrou com Clara e notou a ausência de calçados extras na casa, por isso lhe ofereceu um par de chinelos masculinos. Clara não se incomodou e murmurou um obrigada ao Sr. Serpa.
Ele a ignorou, dando uma olhada no armário de calçados e, sem querer, recordou–se de quando Inês estava lá, cinco anos atrás, e tudo era mantido na mais perfeita ordem. Depois dela ser presa, ele descartou tudo que pudesse lembrar ela, e essa lacuna permanecia até hoje.
Cortando seus pensamentos, Noe Serpa disse: “Suba. Vá tomar um banho.”
Clara nem pensou em contrariar, estar ali com Noe Serpa já era motivo suficiente para se gabar por um bom tempo!
Depois que Clara se banhou e saiu, as luzes do quarto se apagaram subitamente, e alguém a pressionou contra a cama, invadindo–a sem qualquer dó por trás.
Mas o homem sobre ela parecia evitar ver seu rosto, não demonstrando nenhuma compaixão, tratando–a como se não passasse de um objeto de prazer. Clara não sentiu alegria alguma, somente dor.
Clara até cogitou que, se não soubesse que era Noe naquela escuridão, ela não conseguiria identificar…
Por que qual o motivo de desligar as luzes?
Ainda assim, Clara sentia um prazer ilusório, enganando–se ao pensar que aquilo não poderia
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Capitulo 48
ser real. Era o Noe Serpa… o príncipe de Cidade Nova!
Ela começou a nutrir um desejo proibido, imaginando a possibilidade de ocupar o lugar de Inês, de cinco anos atrás…?
Quando tudo terminou, meia hora depois, as luzes foram acesas de novo, e Clara viu Noe Serpa entrar, impecável como se nada tivesse ocorrido, olhando–a com um desdém que a fazia se sentir como uma completa estranha.
Ela se sentiu amargurada, mas logo seu ânimo se reacendeu. Afinal, ter estado com Noe Serpa era um fato, e talvez isso pudesse virar sua vida de cabeça para baixo…
Até que na manhã seguinte, ao acordar, Clara percebeu que, embora estivessem sob o mesmo. cobertor, ela e Noe estavam afastados um do outro. Após aquela noite, ele não a tocou mais. como se qualquer aproximação fosse demais.
Quando ele despertou, apenas lançou um olhar para o rosto dela e disse uma palavra – “Saia.”
Clara, confusa, murmurou: “Sr. Serpa, eu desagradei o senhor de algum modo?”
Noe soltou um sorriso frio, mas não proferiu palavra alguma. Sua gargalhada fez com que Clara se sentisse ainda mais inquieta. Ela rapidamente se vestiu e saiu da cama. Ao abrir a porta, viu um menino parado ali, que ao olhar para cima, mostrava uma semelhança notável com Noe Serpa!
Clara recuou dois passos, surpresa com o menino. Noe, impaciente, falou: “O que você está esperando? Vá embora!”
Clara se virou, com a voz trêmula: “Sr. Serpa, esse menino…”
“Eu lembro de ter te avisado para ficar de boca fechada” – disse Noe Serpa com uma voz fria e um olhar severo: “Preciso te calar com as minhas próprias mãos?”