Capítulo 51
Capítulo 51
Capítulo 50
Deolinda ficou sem fala quando Inés rebateu sua pergunta, parecendo por um instante perder o fio da meada.
Depois de mergulhar em um breve silêncio, Deolinda retomou, um tanto desafiadora: “Você…. que postura é essa? Sem o suporte da nossa familia, acha mesmo que poderia se livrar da influência do Sr. Serpa? É impossivel
“Não estou sob suas ordens.”
Inés, com os braços cruzados e um sorriso zombeteiro, provocou: “Não preciso da ajuda de ninguém. Sempre tracei meu caminho por conta própria.”
Essas palavras tocaram um nervo em Deolinda, que no momento seguinte viu a mulher à sua frente sorrir com sarcasmo.
Ela sorria de uma forma espléndida, ao nivel de demonstrar o motivo de fazer todos os homens de Cidade Mar suspirarem. Ao se unir a Noe, parecia ter perdido seu esplendor, como uma estrela que desvanece.
Ela falou: “Acho você um tanto ridicula, querendo correr atrás do Sr. Serpa. Faça o que bem entender, o que isso tem a ver comigo? Ou serà que, no fundo, você me vê como uma ameaça, sentindo–se inferior, e por isso veio com essa proposta, pensando que poderia me manipular?” Inês pressionou Deolinda com suas palavras de tal maneira que ela ficou sem resposta. apenas retrocedendo alguns passos e balbuciando: “Você está delirando! Em que sou menos que você? Não seja ingrata, quando o Sr. Serpa decidir boicotar seu estúdio, quero ver onde você vai chorar!”
“Não importa.” – respondeu Inés com um sorriso sereno: “eu nunca me humilharei perante
vocês.”
Deolinda se enfureceu, e seu rosto, antes belo, tingiu–se de vermelho: “Inès, agora você quer posar de vitima! Quando o Sr. Serpa te descartar, vai perceber o quão miserável se tornou!”
“De fato” – Inés concordou, com um toque irônico na voz: “Quando ele me rejeitou, eu me senti menos que nada. Deolinda, espero que não cometa o mesmo erro que eu,
Inês já havia corrido atrás de Noe Serpa sem medir as consequências, chegando a sacrificar sua familia, mas no fim, tudo foi em vão. Quando despertou desse delirio, se encontrou
sozinha, atrás das grades.
“Você… basta de fingimentos!” – Deolinda estava tão exasperada que tremia: “Pois bem, já que se acha tão autossuficiente, quero ver quanto tempo vai aguentar!”
Inés se manteve calada, baixando o olhar.
Subitamente, Deolinda esboçou um sorriso novamente: “Ah, na última vez que estive na casa do Sr. Serpa, encontrei o filho dele.”
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Ao ouvir a palavra “filho” – Inês ergueu a cabeça subitamente, e um lampejo agudo brilhou em seus olhos, enquanto dizia, com uma dor palpável na voz: “Você viu ele?!”
Noe, você sempre quis que eu mantivesse a imagem de uma boa mãe em público, mas na primeira oportunidade, leva outras mulheres para casa! Como Amado se sentiria, vendo isso?
Deolinda finalmente captou um momento de fragilidade em Inês, e satisfeita, curvou os lábios: “Sim, o menino já deve ter uns cinco ou seis anos. Você é patética, amou Sr. Serpa por tanto tempo, e agora o
filho dele já está tão crescido. Hahaha, talvez enquanto você estava presa, eles viviam felizes como uma família perfeita!”
Parecia que Deolinda desconhecia o fato de que Amado era filho de Inês, pensando apenas na existência de um filho ilegítimo de Noe.
Mas mesmo sendo um filho ilegítimo, contanto que fosse filho de Noe Serpa, ninguém ousarial menosprezá–lo.
Inês apertou os dedos com força, tentando manter sua sanidade e esforçando–se para que sua voz não soasse desesperada – mas tudo foi em vão. Inês poderia ser dura como pedra. impenetrável como uma fortaleza, mas quando se tratava de Amado, ela perdia o controle.