Capítulo 30
Capítulo 30
E foi nesse momento que o celular de Flavia começou a vibrar.
Ela pegou o celular para ver, era uma mensagem de Bianca..
Flavia lançou um olhar para Thales, que também fixava o olhar no celular dela. Sem esperar pela reação de Flavia, ele tomou o celular de suas mãos e abriu a mensagem.
Bianca: Vivi, fui colocada em confinamento, e até o café foi revistado, uma pena sobre os meus desenhos, mas eu consegui salvar os seus a todo custo, já te enviei, não esqueça de verificar, viu?
Após ler a mensagem, Thales olhou novamente para Flavia, que claramente estava nervosa.
Ele riu friamente e disse: “Então você já começou a ignorar minhas palavras, é isso?”
O sorriso nos lábios de Thales deu a Flavia um vislumbre de perigo. Ela sacudiu a cabeça freneticamente, tentando explicar alguma
coisa.
Mas Thales jogou o celular no sofá e se dirigiu para fora.
Flavia percebeu algo e correu atrás dele rapidamente.
Havia um pequeno quarto do lado de fora da mansão, usado especificamente para entregas. Thales foi direto para esse quarto, chutando um monte de pacotes no caminho.
No fundo, encontrou uma caixa.
Era exatamente a caixa de desenhos enviada por Bianca.
A pupila de Flavia se contraiu, e ela correu até lá, agachou–se no chão e protegeu a caixa com seu corpo.
*Saia da frente!“, ele ordenou.
Flavia, com lágrimas nos olhos, balançou a cabeça, implorando para que ele poupasse os desenhos. Não eram apenas um presente de Bianca, mas o esforço dela e a amizade entre as duas.
Thales, com uma expressão sombria, levantou a mão e segurou o pulso de Flavia, puxando–a para cima.
Flavia, sem forças para resistir, segurou firmemente a caixa, mas ela ainda assim foi se afastando dela, pouco a pouco.
Thales pegou a caixa e caminhou para fora, até o jardim, e jogou a caixa no chão como se fosse lixo.
Flavia tentou correr até lá, mas foi firmemente segurada por ele.
Então, Thales tirou um isqueiro do bolso, e com um leve toque em seu dedo, uma chama surgiu.
Flavia observou a chama dançando em sua mão, seus olhos gradualmente se arregalando, sua boca aberta, mas sem emitir som algum.
Ele segurava seu pulso, tirando dela o único meio de se comunicar.
Thales olhou para trás, para ela, “Você se importa tanto assim com esses desenhos?”
–
As lágrimas de Flavia corríam enquanto ela olhava implorante para Thales, pedindo para que ele não queimasse.
Um sorriso cruel e frio surgiu em seus lábios.
Parecia que, quanto mais ela se importava com algo, mais ele desejava destruí–lo impiedosamente, queria vê–la assistir seus tesouros se desfazendo diante de seus olhos, forçando–a a suportar apenas a sombra de sua presença.
Então, ele soltou o dedo, e o isqueiro, ainda aceso, caiu sobre a caixa, com as chamas lentamente se espalhando por ela.
Flavia, de repente, começou a se debater, desesperada para se soltar, chegou até a morder o braço de Thales.
Thales, sentindo dor, quase a soltou, mas então apertou ainda mais, trazendo–a de volta para junto de si.
As chamas diante dos olhos de Flavia cresciam, tomando completamente sua visão.
Ela assistía, impotente, enquanto os desenhos revelados pela caixa eram devorados pelas chamas, transformando–se em cinzas.
Um vento soprou, estendendo as chamas, espalhando os pedaços de cinzas negras pelo ar.
Thales não a soltou, e a luta silenciosa e os apelos de Flavia parecíam insignificantes.
Ela esticou a mão, mas só conseguiu agarrar fragmentos de papel voando.
Flavia enfraqueceu em seus braços, e finalmente, o homem a soltou; ela caiu sentada no chão, com os fragmentos de papel girando ao seu redor.
Como se zombassem dela, assim como Thales, ambos pareciam achar que o que ela valorizava era trivial.
Cla nem terve a chance de olhar uma útima vez, aqueles desenhos simplesmente desapareceram diante dela.
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