Capítulo 32
Capítulo 32
Flavia abaixou o olhar, ele realmente não entendia?
Ele era apenas egoista.
Ela virou–se e correu para dentro da mansão, trancando–se em seu quarto,
Thales ficou do lado de fora por um momento, esperando até que o lixo fosse completamente queimado, e a última faísca desaparecesse antes de entrar.
Flavia estava agachada no chão, abraçando–se fortemente, com o olhar vazio fizo na janela.
Observando o céu escurecer aos poucos, o mundo mergulhou novamente na escuridão.
Mais tarde, Thales entrou, abriu a porta e caminhou até o canto onde Flavia estava, agachando–se diante dela.
“Está com fome?”
Flavia virou o rosto, evitando olhá–lo. Após um momento de silêncio, ele estendeu a mão, acariciando sua cabeça, e disse: “Seu aniversário está chegando, que tal se eu comemorasse com você?*
Flavia ficou surpresa por um instante, olhando inconscientemente para Thales.
Ela não sabía ao certo o día de seu aniversário. Rafael havia considerado o dia em que ela chegou à família Duarte como seu aniversário,
Afinal, ela estava na família Duarte há exatamente 20 anos.
Ao ver que ela não reagia, Thales segurou sua mão, ajudando a a se levantar. “Vou te levar para jantar fora e comprar roupas novas Flavia baixou a cabeça, ele sempre encontrava um jeito, a cada vez que seu coração se quebrava em pedaços, de remendá–lo aos
poucos,
Mesmo o afeto dele sendo tão modesto, era um tipo de ternura da qual ela não conseguía fugir.
Porque, só tinha ele para ela.
Ela o seguiu até a garagem, olhando para o assento do passageiro, mas hesitando em se sentar.
A imagem de Rosana desinfetando surgiu em sua mente.
“O que foi?” Thales perguntou de repente.
Flavia levantou o olhar para ele, perguntando: Eu sou suja?
Thales olhou em seus olhos claros, sua vulnerabilidade e dor estavam todas ali, refletidas em seu olhar.
Após um momento, ele desviou o olhar, segurando sua mão e caminhando em direção a outro carro. “Vamos trocar de carro.
Veja só, ele sabía de tudo.
Ele sabía que as ações de Rosana a machucariam, mas ainda assim não interveio.
Ele permitiu que Rosana a machucasse, ela nunca foi sua primeira escolha.
Flavia entrou no assento do passageiro de outro carro, um Porsche que ele raramente usava, coberto por uma fina camada de poeira.
O jantar, naturalmente, não foi tão caloroso quanto imaginado.
Ele passou o tempo todo olhando para o celular, respondendo mensagens, enquanto Flavia sentava à sua frente, como se estivesse em um monólogo.
Thales também comprou muitas roupas para ela, enchendo o porta–malas.
Havia vestidos e roupas que ela normalmente usaría, todo o armário estava cheio de roupas delas, enquanto ele tinha apenas algumas
peças.
Sua roupa no armário parecia tão deslocada, tão fora de lugar, como se ele não pertencesse àquele lugar
Já eram dez da noite quando voltaram para casa. Ele foi para o escritório, e Flavia ficou na cama, virando de um lado para o outro, sem conseguir dormir.
Bianca enviou muitas mensagens, perguntando se ela havia recebido as pinturas. Flavia não cusou dizer que, Thales as havia queimado antes de conseguir olhá–las.
Bianca disse que no mundo não existia apenas Thales, mas também muitas coisas e pessoas maravilhosas.
Ela também disse para Flavia amar a si mesma para poder amar melhor seu bebê.
“Veja aquelas pinturas, tem céus vastos e montanhas, e a mais bela de todas, você. Elas vão fazer você se sentir melhor.
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Flavia olhou para essas palavras, todas se entrelacando como uma corda, apertando seu coração.
Bianca estara tão desapontada se soubesse que as pinturas foram queimadas.
Flavia pegou o celular, sem forças, fechou os olhos, sem ousar responder uma palavra.
Talvez alguém como ela realmente não merecesse ter amiga.