Capítulo 67
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Capitulo 67
Dona Duarte e Gabriela estavam em um alvoroço tentando acalmar a criança, mas não conseguiam de jeito nenhum.
Gabriela perguntou: “O que aconteceu, por que começou a chorar tão intensamente de repente?”
Deve ter se assustado, essa muda, toda vez que aparece não traz nada de bom!” disse Dona Duarte, claramente irritada.
Flavia foi arrastada para um pequeno quarto, equipado com tudo necessário, inicialmente preparado para Gabriela, mas agora também destinado a Flavia
Foi nesse quarto que a história se repetiu.
Flavia foi pressionada contra a mesa de cirurgia, e um médico de máscara se aproximou com uma seringa. Flavia arregalou os olhos, fixando–se na ponta da agulha que brilhava sob a luz.
Ela lutou desesperadamente enquanto o médico segurava sua mão e dizia: “Se a agulha entortar, quern sofrerá é você.”
Flavia não conseguia ouvir, tentando se libertar das mãos dos servos que a prendiam.
Ela era como um animal encurralado, lutando até o fim.
O médico observava as veias em sua testa se sobressairem, ela abria a boca tentando gritar, mas o rosto ficava vermelho pela incapacidade de emitir sons, tremendo inteira.
Seus olhos cinzentos fixavam–se no médico, cheios de súplicas.
O médico franziu a testa, de repente se sentindo um pouco compadecido.
Daiana lembrou ao lado: “Doutor, faça isso rápido.”
O médico desviou o olhar, não querendo encarar o rosto de Flavia, levantou sua roupa e enfiou a agulha em sua espinha.
Uma dor fria e familiar se espalhou, como se não fosse na espinha, mas no coração.
Era uma dor que cortava a alma.
Ela finalmente desistiu, toda luta e esperança desaparecendo com a propagação do anestésico.
Ninguém se importava com o coração partido de uma muda, nem se uma muda sentia dor.
Sem gritar, como os outros poderiam sentir sua dor?
As mãos de Flavia, agarradas à beira da cama, de repente relaxaram, pendendo sem forças.
Ela ficou quieta, encarando o teto, lágrimas escorrendo pelos cantos dos olhos, molhando em seu cabelo.
ཇུ ཟ ཝཿ རྒྱུུ བ༅ ྃ ཅ ༀ 。 ཇ ཆེ ཟ ཟ ཉ ཕ ༀ རྗ ཅ ཋ ཏཾ རྟྲྀ སྠཽ ྣ དྭྱ ༈ རྗ ཏྱཾ ༔ ཥྱོ ༢༅ ཇོ
Até perder a consciência, seus lábios ainda se moviam levemente.
O médico observava seus lábios e de repente pareceu entender o que ela queria gritar.
Ela estava chamando: Thales, salve–me.
Sim, só Thales poderia salvá–la.
Mas ele não veio.
Seu celular havia caído no jardim, com gotas de chuva caindo na tela, brilhando na escuridão da noite.
A chamada era de Thales.
O fraco toque do celular era quase inaudível sob a chuva suave.
Após alguns piscar de luzes, o celular voltou ao silêncio.
Na sala, Dona Duarte finalmente conseguiu acalmar a criança, olhou para a porta.
Gabriela percebeu sua preocupação e disse:/“Mãe, você está preocupada que meu irmão volte?”
Dona Duarte suspirou, “Não sei por que, mas sinto uma inquietação.”
Gabriela sorriu, enlaçando o braço de Dona Duarte: “Não se preocupe, onde ele teria tempo para se preocupar com aquela muda agora? Está comemorando o aniversário de Rosana.”
Ao ouvir o nome Rosana, Dona Duarte mostrou um vislumbre de desdém, ela não gostava de Flavia, e também sua opinião sobre
Rosana não era melhor.
“Ele realmente não me dá em paz!”
Gabriela disse: “O que podemos fazer se ele gosta dela? Pelo menos Rosana é melhor que uma muda, não é?”
Dona Duarte ficou séria e não respondeu, “Ele só está tentando me contrariar. Rafael morreu há anos, eu disse para ele se divorciar e casar com alguém de igual posição. Ele não se divorcia, e ainda mantém uma mulher inaceitável por perto!”
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Isso não é provocação?”
Gabriela deu de ombros, resignada.
Mas meu irmão também deveria ter um filho. Ele disse que não gosta de crianças, mas sempre traz um monte de coisas todas as Vezes que vem ver Breno.
Dona Duarte ficou pensativa, parecendo lembrar–se de algo, com um olhar um tanto melancólico. ConTEent bel0ngs to Nôv(e)lD/rama(.)Org .
”