Capítulo 103
Recentemente, fiquei em casa, não saía por aí sem rumo, está entendendo? cochichei para Robson.
Evandro e sua turma eram capazes de tudo para alcançar seus objetivos. A Família Macedo tinha passado por uma grande transformação, e bastava eliminar Fábio, a mim e o bebê que carregava para que Evandro tomasse posse de tudo o que pertencia ao Grupo Macedo e à Família Macedo.
Caminhávamos pela calçada, enquanto a estrada fervilhava com o tráfego constante de carros.
Ele me carregava nas costas, avançando passo a passo.
Eu já estava cansada… e acabei adormecendo em suas costas.
Sonhei, e diferentes imagens passavam pela minha mente.
Um menininho mestiço, parecido com um príncipe de conto de fadas.
Ele carregava uma menina de vestido vermelho nas costas e corria desesperadamente.
“Luna, vai ficar tudo bem, estamos quase em casa.”
Ele dizia isso enquanto corria, tentando me consolar: “Luna, acorda, não durma.”
“Luna, acorda, come alguma coisa…”
Despertei repentinamente, respirando ofegante e olhando ao redor, sem saber quando havia chegado em casa.
Robson me acalmou e insistiu para que eu comesse algo.
Olhei para Robson, massageando a testa: “Não quero comer.”
“Come um pouco.” – Robson segurava a tigela, tentando me convencer a comer um pouco.
“Eu já disse que não quero comer! Não tenho apetite!” – exclamei irritada, empurrando a mão de Robson, e a tigela de sopa se espalhou pelo chão.
Ele permaneceu sentado, em silêncio.
Irritada, levantei-me e caminhei com dor de cabeça de volta para o quarto.
Naquele momento, senti como se fosse uma ‘boneca’ mantida por um louco, e esse pensamento me aterrorizava.
Estava exausta e voltei a dormir assim que deitei na cama.
Os sintomas do início da gravidez estavam se tornando mais evidentes: sono excessivo, instabilidade emocional…
Adormeci profundamente e voltei a sonhar.
“Ele não a ama? Então vou transformá-la na mulher que ele ama e devolvê-la a ele…”
“Você vai ser como a boneca favorita dele, vou deixá-la linda.”
“Se ele a ama tanto, por que mentiu para ele? Por que o enganou? Você merece morrer…”
“Você sabe que quase o matou com sua mentira? Esqueceu dele e ficou com outro homem. Você é suja… Seu coração é sujo, seu corpo também.”
Ele me colocou em uma caixa de vidro, e sua voz soava como a de um demônio do inferno.
“Não, socorro, socorro!”
Mas parecia que eu estava presa em um sonho, incapaz de acordar.
Não sei por que, mas eu estava gritando pelo Robson.
“Luna!” – Robson estava chamando meu nome.
“Robson… Robson, me salve.”
Em meio ao pânico, senti alguém me abraçando com força, e meu corpo em luta finalmente começou a relaxar.
Quando acordei no dia seguinte, já era tarde. Ccontent © exclusive by Nô/vel(D)ra/ma.Org.
“Alô?” – O celular tocou, e eu me esforcei para atender: “Reunião de colegas de classe?”
“Está bem, estarei lá no horário combinado.” – concordei.