Minha Morte！Sua Loucura！

Capítulo 97

Eu certamente não esperava que a Família Macedo desse mais tempo de vida à avó de Lana, mas agora que eu sabia as cartas que Humberto tinha na mão, eu tinha uma ideia clara do jogo. Exclusive © content by N(ô)ve/l/Drama.Org.

Humberto pensava que eu ainda era a mesma Lana fácil de manipular de antes, mas ele estava redondamente enganado.

A antiga Lana talvez tivesse sentimentos por Humberto e sua esposa, talvez houvesse laços afetivos, mas comigo seria diferente.

Meus pais já tinham morrido num acidente de carro quando eu tinha dezoito anos, e quanto a Humberto e sua esposa, para mim, eles não mereciam ser chamados de pais.

“Pai, o senhor está equivocado. O que eu quis dizer é que agora eu sou a líder da Família Macedo. Embora Homero esteja retornando ao país, ele sofreu um derrame e não tem poder real. E Tom, bem, ele nem sequer acordou. Agora, todos na Família Macedo têm que me obedecer.” Eu rapidamente interrompi. Humberto resmungou e estreitou os olho

“A Família Batista te criou por tantos anos. Embora você só tenha voltado aos dezoito anos, eles te criaram até agora. Eu e sua mãe somos seus verdadeiros pais, há um vínculo sanguíneo entre nós. Nós somos uma família, na saúde e na doença. Você precisa entender isso.“Eu assenti rapidamente. “Pai, eu entendo.”

Humberto assentiu. “Agora, precisamos pensar em como tomar o controle do Grupo Macedo o mais rápido possível. Se deixarmos Evandro tomar conta, ele vai acabar com tudo. Eles não vão pegar leve com você.”“Pai, o senhor tem algum plano?” perguntei baixinho.

Humberto olhou para mim. “Vamos arranjar um jeito de colocar sua irmã dentro do Grupo Macedo. Você chegou muito tarde e não teve a educação necessária, não sabe administrar e não tem habilidades. Colocaremos sua irmã lá para te ajudar, e quando ela se firmar na empresa, transferiremos as ações que você conseguiu para ela.”

Eu olhei para Humberto com um sorriso irônico. Ele estava jogando o jogo dele bem na minha cara.

Por que eu daria minhas ações para Noemi Macedo?

Isso era pra rir até morrer…

“Pai, o Grupo Macedo não é tão fácil de entrar. Noemi pode ser talentosa, mas ela precisa provar isso por conta própria. Eu nunca trabalhei na empresa, como eu poderia garantir sua entrada? Se Noemi nem consegue passar pela fase de recrutamento do Grupo Macedo, como ela poderia assumir essa

responsabilidade de forma convincente?” Suspirei. “Pai, estou pensando no nosso grande plano, o que o

senhor acha?”

Humberto me olhou e acenou com a cabeça. “Tudo bem, eu cuido disso. Você prepara o caminho para sua irmã e para Rogério Cabral.”

Eu fiquei em silêncio, e Humberto falou novamente. “Lana, agora você também é parte da Família Macedo. Em certas situações, você tem que ceder à sua irmã. Você e Rogério não estavam destinados a ficar juntos.”

Eu sorri e fiquei calada.

Rogério, o namorado de Lana, vinha de uma família rica, mas os Cabral andavam em declinio nos últimos anos, e Rogério não tinha muitas competências. Então, os planos se voltaram para a Familia

Macedo

junto com Noemi Macedo.

Ah, eles tinham coragem, não é mesmo? A ganância humana é como uma serpente que tenta engolir um elefante.

“Não há nada para fazer. Você pode ir embora e se preparar.” Humberto acenou com a mão

Levantei uma sobrancelha. Que tipo de pai era esse? Me chamou de volta e nem sequer me ofereceu uma refeição…

Noemi Macedo tinha roubado o namorado de Lana, e eu ainda tinha que ajudá–la a entrar no Grupo Macedo, ainda tinha que transferir minhas ações para ela, ainda tinha que apoiar um homem sem valor?

Quando vivia com a Familia Tavares, eu só sentia que Adonis me maltratava, eu estava sob a tutela de outros, e se eu reagisse, só receberia espancamentos, por isso eu suportava com os dentes cerrados.

Mas isso não quer dizer que eu fosse uma idiota.

Nunca teria imaginado que alguém da Família Batista pudesse ser tão descarado a ponto de tratar os outros como tolos. Isso mostrava o quanto o verdadeiro dono, Lana, tinha vivido de forma humilde e sem direitos ao longo dos anos naquela família.

“Já que está tudo bem, vou indo“, eu disse, levantando–me e dando uma olhada no relógio antes de me virar para partir.